segunda-feira, janeiro 24, 2011

Estive mesmo arrependida dos sacrifícios e aturdida com a decepção que me abateu.
Eu me aprisionei tentando me esquecer, e me mutilei tentando me anular ao sangrar insensatez.
Mas foi em vão, eu só chorei e sofri.
Só morri ainda mais com essa ilusão de ser alguém, com essa ingenuidade que sempre evitei e critiquei.
Então me jogo contra a parede tentando explodor essa bomba que existe em mim, mas ela permanece intacta aparentando não querer me destruir.
Meu mundo se foi quando me fiz expulsá-lo e já não há mais como reavê-lo.
A única coisa que ainda encontro é a cela de solidão escura, suja e amargurante, sem um único orifício pra respirar, sem uma única semente pra plantar esperança.
Ua cela sem chão, onde me vejo acorrentada a um prego enferrujado que já quase não aguenta o peso da minha mente desesperada.
É minha velha nova vida, ameaçada de cair eternamente, desiludida pela maturidade e aterrorizada pela sensatez.

TESTO CRIADO EM 05/2007

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