segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Achei que ela estivesse por perto pra ver sua vitória. Seu caminho estava repleto de flores que ela jogou e perfumou. Ela precisou correr um pouco mais, porém, se deliciou com sua voz. Tinha as mãos marcadas pela luta, os olhos cansados e os pés rachados. Mas, ainda brilhava e conseguia te aplaudir.
"Que menina boba!", eles diziam. Mas ela nunca se importou, acreditava na sua força, mocinho. Ela viu seus olhos.
"Que menina má!", outros diziam. Ela sabe o quanto te magoou, esqueceu de tirar os espinhos das flores. Matou tantos momentos, jogou areia em seus belos olhos, amordaçou sua boca. É... ela não podia mais ouvir sua voz, mas se lembrava de quão doce e leve ela era. Marcou seus punhos com seu sangue, e sujou seu coração com medo. Foi doloroso, mas você cresceu.
Ela ainda sorri a cada passo seu, e chora a cada tombo. E ela lamenta cada cicatriz que encontra em seu corpo, mas sente paz em sua respiração. Ela deixou suas mãos livres, lembra?

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