quinta-feira, abril 28, 2011

"Quem vê meu sorriso, não enxerga minha dor. A dor que castiga, mas não induz à redenção. Já me disseram que sou capaz de amar, mas que tipo de amor? Que amor é esse que mata o ser amado e faz sofrer o ser amante? Incrédula! Isso é o que sou quanto a essa suposta capacidade de amar. O peso é grande, a dor é forte, a maldade é verdadeira e a justiça é evidente. Lixo ou Céu, ser amado? Purgatório ou Inferno, ser amante? Mutilar é pouco, é bem pouco arrancar o coração. Foi a última oportunidade de conhecer o que chamam de amor, foi a última chance de redenção. Mas, quem quer a redenção? Quem disse que é por isso que dói? Sequer consigo atingir o autoperdão. Nem consigo enxergar as justificativas que outros encontraram. Mente podre em um mundo bom, mente que nos faz achar que o destino alheio está em nossas imundas mãos. Cabeça fraca, coração ferido, pés rachados e ventre impuro. Rejeitei a felicidade ao rejeitar o grande desafio. Hoje rejeito a mim, e aceito a dor. Recuso o perdão e abraço o sofrimento eterno. A insânia me espera, o desfalecer me acompanha, o desenlace me atrai e o início me grita. O início de um novo tempo, um tempo sem fim, sem paz, sem buscas, sem esperanças, sem luz, sem o tão discutido e rejeitado 'amor'. Mate-me se me amar, e rejeite-me se me quiser!"

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